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Quer progresso?, mas não quer transtorno?!

    Reclamavam da antiga Avenida Brasil e agora, reclamam mais ainda da nova Avenida Brasil – e se a reclamação pelo menos fosse válida, sabe? Como uma preocupação: por que todo esse dinheiro gasto em ruas, pontos de ônibus e pistas para ciclistas e pedestres não foram para a saúde ou a educação? Aí, agora, com a Nova Avenida Brasil, não é possível virar. Isso é decorrente da faixa exclusiva para o ônibus. Mas é claro, poderiam colocar um sinaleiro só para virar na  pista  do  meio,  cer-

to? Certo, mas, com a retirada de uma parte da frota dos ônibus da Rio Grande do Sul e da Paraná, podemos concluir que irá reduzir um pouco o fluxo de pessoas, certo? Então, a estratégia de não poder virar na Avenida Brasil seria para que os carros usem a Paraná e a Rio Grande do Sul, certo? Certo. Desta forma, o fluxo continuaria e as lojas dessas duas ruas continuariam a serem vistas, certo? Certo.(Mas é claro que tu podes criar teorias de conspiração, como:  fizeram  isso  co-

greve, “pra que fazer isso?”, "vou chegar atrasado no meu serviço”, “isso é só para matar trabalho”.  Querem que seus filhos tenham um futuro brilhante, mas quando os professores entram em greve, protestam contra as greves. Já deu para entender a linha de raciocínio, né!? Querem um mundo sem violência, mas são os primeiros a se armar. Querem viver em mundo melhor, mas são os primeiros a jogar lixo da janela do carro. 

mo uma desculpa para aumentarem o lucro dos Postos de Combustíveis; ou, melhor ainda, gastaram todo esse dinheiro e comeram um pouco pelas beiradas, sabe? O que é mais provável já que estamos no Brasil).Mas tu achas que os cidadãos entendem isso?  Não! Querem progresso, mas não querem transtorno. Querem melhorias para o país, mas não querem serem atrapalhados pelas greves. Querem um transporte de qualidade, mas na hora que os  motoristas  entram  em 

saudável, eles não teriam nenhuma ressalva quanto ao conteúdo do vídeo. 


    Muitas pessoas disseram que isso não é manchete, está mais para marketing ou ganho pessoal. Outras disseram que ela deveria se aceitar. Outras ainda a apoiaram e disseram que estão determinadas e contentes em estarem fazendo de tudo para perderem 300 calorias tam-bém.  “Na magreza ou na magre-za”, bradavam sem parar.

    A atriz, nacionalmente, conhecida por interpretar Dória, em Avenida Paraná, comemorou frenetica-mente a sua grande vitória em TODAS as suas redes sociais. Alguns dizem que a sua felicidade era como êxtase. Qualquer um que visse o seu vídeo ficava feliz, ins-tantaneamente. Algumas farmá-cias até estariam comercializando seu vídeo diante de clientes com depressão.  Muitos    médicos     co-mentaram o caso dizendo que desde que o método de Paola para perder  peso  tenha  sido  de  forma  

A atriz Paola Chakaranuka comemorou em suas mídias sociais a perca de 300 calorias. 

Por que 14 centímetros não é suficiente? 

      Quando se põe em discussão o tamanho do pênis em uma roda que só há homens, todos, provavelmente, tem um pênis superior ou igual a vinte centímetros. Ninguém quer ter pinto pequeno. Todos querem ter a maior pica que a galáxia já viu. É irritante e ridículo. 


    Nas rodinhas das meninas, não ouço com tanta frequência, mas, infelizmente, ouço: o tamanho do pau tem uma relevância incomum. Parece que só há prazer se o cara for pausudo. Lamentavelmente, terei que desapontá-los (las), nem todos tem um pauzão. Sinto muito, eu sei que é difícil ouvir isso, mas  é  a  verdade.

    Eu mesmo, não tenho um pau grande. Isso é um problema para ti? Ok. É óbvio que é. As pessoas veem problemas pelo sinto fato de tu se vestires diferente delas, imagina em relação ao tamanho do pau? É impressionante como os seres humanos são, cara, é um mais ridículo que o outro. E o mais indignante é que dentro das minorias há sempre uma minoria. Entende o que eu digo? Dentro do meio gay – que já faz parte de uma minoria -, há outra minoria, dos afeminados. Não é que tu sejas gay que tu não és preconceituoso, tá?*.  

* Frase inspirada do canal Põe na Roda.

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Teorias da Conspiração

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   Já ouviu falar? Ou é um costume típico brasileiro igual a corrupção? Então, aqui, tu não precisas de mandado, não, amigo, só de tu usares calças largas e caídas, camisetas que cobrem as coxas, boné de aba reta... é o mínimo que tu precisas para ser revistado. Quer prova maior que isso é uma tremenda verdade?


       Lá estava eu e mais sete? cinco? pessoas em uma praça, bebendo e fumando. Dessas sete?, cinco? pessoas, três eram meninas e apenas um se vestia dentro da descrição acima. A polícia passou por nós e não sei por que diabos revistou um moleque que estava na beira da rua, acharam maconha com ele e ele nos delatou, disse que havia comprado conosco. A polícia veio, nos abordou e pediu para que largássemos as bebidas e fossemos para a luz. Fizeram algumas perguntas e disseram que iam nos levar a delegacia. O policial foi lá falar com os outros que estavam na viatura e quando voltou, disse que estávamos liberados. Meu amigo olhou pra mim e disse: só não nos levaram porque estamos bem vestidos. 


       Isso é uma prova?, um relato?, sei lá, encare da forma que tu quiseres, não me importo, só queria desabafar mesmo.   

João Batista das Pitangueiras é desenhista, tem vinte e sete anos, pisciano e acredita que cada ser humano deveria se vestir da forma que bem entender: isso que é estar moda.

Cadernos Machistas?

   Lá estava eu, bem bonito e cheiroso, escrevendo o nome da minha professora quando dei conta que estava escrevendo o nome dela no lugar errado, porque ali estava se referindo a um “professor” e não a uma “professora”.  Se isso é importante? Claro que é. Principalmente quando se sabe que existe, “no fim de 2010, quase dois milhões de professores, dos quais mais de 1,6 milhões são do sexo feminino”*. Consegue entender agora? As mulheres são maioria e se são maioria, por  que  diabos  não  está 

   “Eu não gosto disso”, “Muito menos daquilo”, “Aquela música é ridícula, não tem conteúdo”. Há um sábio que diz que algumas músicas são para relaxar, outras são para se libertar dos seus demônios, outras são para tu pensares, e outras para mexer o esqueleto, divertir-se, dançar. “Eu não gosto daquela música, aquela música não tem conteúdo”, “música boa não faz sucesso no Brasil”, “aquela música é para ser vendida”. Querido? Tudo é para ser vendido e consumido. Tenho que te lembrar que vivemos em mundo capitalista?

       “Eu não gosto de funk”, “eu não gosto de rock”, “eu não gosto de pop”, “eu não gosto de indie”, “eu não gosto de kpop”, “eu não gosto de rap”, “eu não gosto de MPB”, “eu não gosto de sertanejo”. Gente. Parem. Só parem. Vou te contar um segredo: não precisar twittar sobre o teu gosto ou fazer um vídeo sobre isso para postar no Facebook, ou no Instagram, ou  no  YouTube.  Não  há

   Não se sabe se é uma ameaça terrorista ou apenas um aviso de cunho religioso. Não se sabe se é um alerta sobre a legalização da maconha. Não se sabe se são os Maias ou os Astecas. Não se sabe se é por causa da vitória de Trump ou da apropriação de Temer. Não temos datas, apenas o aviso. A única coisa que podemos fazer é... amar-nos uns aos outros!

      Certo. Lindo discurso! Bravo!

   Então, acredita-se que um dia o mundo acabará, que os dias chegarão em um fim.  Muitas datas são marcadas e desmistificadas; inclusive, muitos filmes são feitos (e lucram) imaginando como seria o tal “fim do mundo”. No entanto, não são  apenas  filmes,   livros    também,

confira o trecho de um: Mas o dia do Senhor virá ... no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão.* Cada um tem a sua teoria. Fui procurar se cientistas também teriam, não achei nada, talvez eu seja a única pessoa que não saiba usar o Google ao seu favor.

   Aí tu podes parar de ler e se perguntar: Isso é uma teoria da conspiração? Sei lá. Eu tenho outra que é sobre os pichadores: Acredita-se que, desde que o mundo é mundo, os empresários que vendem tintas pagam a terceiros para rabiscarem as paredes do mundo inteiro.

                                            *(II Pedro 3:10)

     Acredita-se que se trata de um romance entre Sabrina e Maria. Sabrina e Maria se amavam. Maria era louca por Sabrina. Um dia desses, quis provar o seu amor a Sabrina e uma pichação Maria fez. Sabrina sorriu, diante de um céu azul. Maria e Sabrina se beijaram. Todos diziam que Maria e Sabrina combinavam; que viveriam felizes para sempre. Um dia desses, Sabrina se perguntou se ainda  amava    Maria.    Cansada    de 

mentir, Sabrina mandou a real pra Maria. Sobre um céu nublado, Sabrina e Maria terminaram. No dia seguinte, Sabrina estava indo para casa quando se deparou com o seu nome ligado a duas intenções de ofensa. Sabrina nada fez. Sabrina entristecida ficou. Sabrina seguiu em frente.

Foto tirada pelo fotógrafo, Carlos Magnos do Correio.

MODA

prisão por arquétipo.
prisão por arquétio, desenho de Jean.

Prisão por arquétipo.

Jean Carlos Cozer tem dezessete anos, é de escorpião e acredita que a moda evoluiu, que hoje, não há mais gênero, cada um usa aquilo que se sente bem, independente se a peça é masculina ou feminina.

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Cadernos Machistas?

escrito ali “professora”? Ou pelo menos: “professor(a)”? Não importa se “professor” representa uma classe inteira, vivemos em mundo que todo tipo de representatividade conta. Fora que tem escrito em português e espanhol. Então, não é questão de espaço. Bora arrumar esses cadernos para 2018, né? Obrigado.

Perguntas me cansam, por Alberto Dominó Risco.

       Tudo bem? Que estás fazendo? Trabalhando? E a faculdade? Largou? Curso? De quê? Novidades? E essa barba? Está deixando crescer? Vai trabalhar de papai noel? Não está na hora de dar uma aparadinha? O que fez 

com o seu cabelo? Por que não corta? E essa bota? Ela é dessa cor mesmo? Que estilo é esse? E essa camiseta? Comprou em que loja? E essas roupas rasgadas? Já tentou sair de casa sem parecer um mendigo?

Tu vieste vestindo isso no Shopping? E esse piercing? Quem te fez furar o nariz? Foi a Graça, não foi?! E essas unhas? Tu que pintas mesmo? Sua mãe não fala nada? Quanto tempo a gente não se vê, não é?!

Autor: Alberto Dominó Risco é escritor, tem vinte e dois anos e acredita que há perguntas que não devem ser feitas.

Qual a importância em dizer se gostamos ou não de algo ao mundo?

necessidade. Não há razão: o cara está cagando e de repente: “esse cara está fazendo sucesso, preciso fazer um vídeo dizendo que as músicas dele não têm conteúdo”. Entende? Compreende? Reflitam.

Essa manchete também é totalmente desnecessária. Eu entendo o sentimento da pessoa que corre para fazer vídeo ou twittar do que não gosta: é uma forma de se libertar; de falar; mas, cara, pode falar com um amigo, tudo bem? Sei lá. Estou irritado com o meu Editor. Obrigou-me a estar aqui, escrevendo essa merda de manchete. Não sei quem está certo ou errado. Está bom. Tu tens o direito de dizer “eu não gosto disso”, mas, algo dentro de mim me diz que isso não é legal.

Imagem tirada de um caderno de uma certa marca.

Teorias da Conspiração.
Teorias da Conspiração.

Foto tirada pelo fotógrafo, Carlos Magnos do Correio.

Próxima Edição:

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