Sentir falta não é mais necessário.

De repente, puf.

De supetão, puf.

Acidentalmente, sumiu.

Finalmente, aconteceu.

Não é uma data comemorativa. Não ganhei nenhum prêmio e nem passei em primeiro lugar no vestibular de letras. Não transei, não fumei e nem fiquei bêbado. Ele não me perdoou, eu não melhorei e eu não me sinto menos estranho. Eu só me sinto mais leve, sinto que estou sendo descarregado. Eram bagagens pesadas e desnecessárias. Tinham a sua importância, eu não posso negar, mas, se tornaram inúteis carregar com o passar dos meses.

Obrigado, Deus. Só acho que você deveria ter me avisado que isso aconteceria, aí, eu não precisaria ter afastado todos que gosto de perto de mim. Eu não teria precisado construir barreiras e ter demolido as pontes. Todavia, tudo bem. Eu só não quero mais me sentir sozinho como me senti hoje. Foi horrível. Eu parecia um alienado, que sai da frente da máquina computorizada e volta sem perceber, porque ali era o único lugar que tinha para ir. Foi assustador. Eu tive medo. Eu tive vontade de correr para o colo mais próximo, porém, não me sinto mais seguro nele. Talvez, eu precise conhecer novas pessoas. Novos colos. Criar novos círculos. Eu quero sair desse inferno para encontrar o paraíso em um abraço sincero e gostoso. Eu quero viver.

Eu quero viver.

Viver.