Te (re)encontrar.

Todas as vezes que fecho os olhos ou leio um texto que me faça lembrar dele, eu imagino ele vindo me ver e… e eu fico imaginando: como eu reagiria? Será que meus olhinhos castanhos iriam brilhar como as estrelas e ofuscar qualquer diamante que grandes museus guardam? Será que eu gritaria pedindo para que ele fosse embora e me deixasse em paz? O que eu faria? Acho que é a tal abstinência. Nunca fiquei tanto tempo sem vê-lo ou sem saber alguma notícia dele. Ele sempre dava um jeito de entrar em contato e me lembrar que ainda o amo.

Eu sei que um dia ele virá. Eu sinto isso, mas tenho tanto medo de estragar tudo mais uma vez. Eu não sei o que fazer, tem muita mágoa nas minhas cordas vocais, os meus ossos estão cheios de fúria, meus punhos pedem libertação.

Sempre o imagino no portão de casa, chamando o meu nome, mas nunca passo daí. Eu só queria vê-lo na mais inocente visita. Eu só queria abraçá-lo no mais sincero aconchego. Eu só queria beijá-lo da forma mais maliciosa que existe e essa é a verdade. No entanto, eu me contentaria com um contato visual ou uma mensagem. Eu sei que isso me mataria por dentro e que eu voltaria a sentir e tudo mais, mas fazer o quê, não é? É o que eu desejo.