De novo, amigo.
- oneprince.
- 23 de abr. de 2016
- 2 min de leitura
O café sempre está forte demais ou doce demais. O almoço virou obrigação. A janta é para forrar o estômago. O lanche de madrugada é rotina. A promessa de acordar cedo é altamente necessária e nunca real. A oração é para agradar o bom Deus. A insistência em citá-lo é para provocar. O cansaço já não se sabe se é físico ou mental ou os dois. Aquela vontade de cometer suicídio nunca se sabe se é real ou propaganda política ou vontade de se aparecer. Não sei se me matar é ideia própria ou tirada de documentários e livros. A irritação que forma nas minhas gesticulações e viradas de olhos já não se sabem mais se são pela a minha nova paixãozinha ou pela vida ou pelas coisas que nunca dão certas. Ultimamente, eu tenho feito coisas que não consigo acreditar que eu esteja fazendo. Eu não era assim. Eu não ajo sem o outro saber precisamente de cada detalhe. Eu não cumprimento motoristas de ônibus e conhecidos. O pior é que no mesmo momento que me sinto bem fazendo isso, eu fico louco. Eu não sei bem o porquê. Eu não me entendo. E tem também essa minha calma e toda essa educação e formalidade que, meu Deus, elas não me levam a lugar algum. Só me dão dor de cabeça. E tem os palavrões… pelos deuses, eles continuam sendo a maior forma de chamar a atenção e de ser altamente inflamável. Tá bom. Chega dessa baboseira. Eu estou gostando dele. Mais do que deveria. Estou com medo dos meus pensamentos. Eles estão constantemente me atualizando disso. Estão constantemente dizendo que já não gosto mais dele, que, talvez eu esteja o amando. Mas, quanto tempo demora para você começar a amar alguém? Eu não o conheço direito. Como posso amar alguém que nem conheço muito bem? O amor é isso? O que é o amor? Por que tão rápido? O que eu vou fazer? O que eu devo dizer? O que eu não devo dizer? Devo esperar e endoidar mais uma vez ou esquecê-lo antes que seja tarde mais?
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