Dez qualidades.
- oneprince.
- 2 de mai. de 2016
- 1 min de leitura
É chato ter que ficar mantendo aparências. Eu tenho que ser superlegal, super-gentil, super-sorridente, super-carismático, supersimpático, super-isso e super-aquilo para conseguir um emprego. Eu não entendo. Quando eu conheço alguém eu tenho que ser superflexível, super-presente, estar superbem. Como uma puta. Como se fosse um trabalho, uma obrigação. Eu não entendo. Parentes distantes chegam aqui em casa e eu tenho que largar todos os meus planos para estar super-presente, super-disponível, supercontente, super-isso e super-aquilo. E é aí que eu me torno uma decepção. Eu não sou a droga de uma fachada. Não quero causar uma boa impressão e muito menos brincar de família. Na minha entrevista foi perguntado qual era o meu sonho. Eu me odiei por não ter colocado a primeira coisa que passou pela minha cabeça. Esta era a resposta verdadeira, mas por pressão dos meus pais, eu menti. Descaradamente.
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