Cala a boca.

Eu sei que não vamos dar certo, desta forma, eu me sinto atraído a insistir. Não tenho a ambição de vencer batalhas, eu quero ganhar a guerra. Gosto de apostar no cavalo que tem mais chances de perder e é aí que eu ganho. Sou como o diabo que aposta em ladrões, assassinos, psicopatas, estupradores, perseguidores, bêbados e tantos outros cargos de renomes. Eu sei que vou perder. O diabo também sabe. O bem sempre vence. E essa é uma regra de nível universal. Mas isso não é o mais importante. O importante é que eu e o diabo sempre conseguimos tirar proveito das batalhas que travamos e perdemos. E é aí que eu ganho… o diabo ganha. Nós ganhamos. O diabo ganha almas. Eu ganho palavras. Quando alguém termina comigo, é estranho. Eu fico mal quando eu firo alguém, mas quando me ferem, eu não me sinto machucado. E isso é porque eu saí perdendo. Eu não ganho dramas, nem arrependimentos, nem medo de ficar sozinho, nem perca de autoestima, nem exageros, nem paranoias, nem o meu lado obsessivo brota. Tá me entendo? Quando eu ganho, eu perco.