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Ei, quer casar comigo?

  • oneprince.
  • 7 de jun. de 2016
  • 1 min de leitura

E eu te peço, desesperadamente, me encontre, para que eu possa me encontrar. Tenho andado sem destino, vagabundeando entre um homem e outro, carregando bagagens imprudentes e desnecessárias, abraçando o tempo como o rio corre em direção ao mar: inevitavelmente. Eu ando tão “sei la”. Qual é? Que monstro ando criando? Eu só penso em dormir, chorar e tentar de alguma forma provar que sou capaz de viver; de escrever; de amar; de… vai se foder. Minha alegria ultimamente é achar filmes com mais de três horas de duração. Eu não sei o que fazer. Diga-me o que fazer. Ainda não notou? Eu não me dou bem com pessoas e nem com portas. Eu fico desesperado procurando um jeito de entrar e não consigo, toda vez que percebo que estou me aproximando de alguém ou de uma porta, eu fico paranoico. Mas que diabos é isso? É só a droga de uma porta. É só um ser humano. Qual é, Lucas? Você já conheceu dezenas de outros seres humanos. Diga-me o que fazer. Eu quero que seja do seu jeito. O meu nunca funciona. Não me deixe dirigir, me dê uma carona. Não me deixe ir embora pensando que estou sozinho, me acompanhe, porra. Eu estou esgotado de fazer tudo por conta própria. Eu necessito dividir o peso de ser eu com alguém; o peso de criar centenas de perguntas e se frustar por não achar as respostas. Merda! Ainda é você?


 
 
 

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