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O Estranho.

  • oneprince.
  • 6 de fev. de 2017
  • 1 min de leitura

Há um momento me dando naturalidade, instantaneamente, dou-me conta que há outro me colocando na posição de estranho… há uma estranheza me dando deformidade e ao mesmo tempo beleza e isso é excentricamente incrível, os padrões não saberão me rotular, pois não há como ratificar uma dúvida. Normalmente, sou o que enxergam de mim e, infelizmente… ultimamente, venho notando incoerências. Não sou bonito, mas recebo elogios e é aí que o ceticismo faz morada e a paranoia dita dúvidas elaboradas para serem expostas. Há uma estranheza em mim, há vícios também, o maior deles é de ser feio por dentro, bonito por fora. Há uma vulnerabilidade ao que me dizem, há uma paranoia nas entrelinhas, há amor no que sinto e há também, talvez, o mais importante: uma estranheza em mim. Já percebeu? Tenho essa visão utópica de um mundo que só me fode, que me dá horas de felicidade e dias de tristezas. Há uma estranheza dentro de mim dizendo coisas que nem sempre consigo discordar, os olhos brilham, a voz fica embriagada, a sensação estranha percorre o nariz, mas é alarme falso, o choro não vem, não choro mais, adultos não choram. Há uma dificuldade enorme de aceitar que não sou bonito, no entanto, há uma facilidade tremenda em concordar que há uma estranheza em mim, especialmente, nesse rosto inexpressivo, retraído pela lente de 50 milímetros. Há uma estranheza em mim e, há também, uma voz me dizendo coisas que nem sempre me deixam feliz.


 
 
 

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