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Inspiração.

  • oneprince.
  • 7 de abr. de 2017
  • 1 min de leitura

não consigo falar de ti

ou do teu amor; pois, o teu amor, querido, me cura.

às vezes, ouço a minha voz, enquanto rezo baixinho no quarto, de joelhos e

de olhos bem fechados,

“magoe-me, Gabriel”,

“fira-me com uma demanda de palavras ríspidas

e repentinas para que eu

descarregue ao mundo centenas de poemas e textos”. as divindades

que habitam esse

céu azul-claro de dia e esse céu

azul-escuro-estrelado de noite não me escutam ou se me escutam, são

sabiamente coordenadas a não me

darem ouvidos.


 
 
 

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