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T-E-M-P-O.

  • oneprince.
  • 20 de mai. de 2017
  • 1 min de leitura

O tempo é cruel, o tempo me machuca, o tempo não me dá um tempo. O tempo vem e vai, nunca fica, nunca para, nunca pausa, nunca me deixa em paz, nunca… O tempo nunca está a meu favor. O tempo é uma condição desesperadora. O tempo é um sequestrador, um manipulador filha-da-puta. O tempo é um deus, brincando do que posso ou não fazer com o meu tempo. O tempo é um diabo, que me faz gozar, rir, chorar e me arrepender. E que me dá a chance de sentir novamente a sensação de gozar, para que depois, eu ria, chore, me arrependa, me culpe e frequente uma igreja de quinta buscando a salvação da minha alma. Não percebem? É tudo uma trama; uma conspiração! deus quer público!


Ah, o tempo… o tempo é uma dessas religiões doidas que acredita em reencarnações. O tempo não é aliado; nem pro tirano nem pro liberal. O tempo é um segundo, um minuto, uma hora, um dia, um mês, um ano, uma década, um século, um milênio, um grande conquistador, um ditador, um presidente, um deus. O tempo é um eufemismo. O tempo é um governo capitalista: te derruba, te deixa de mãos atadas, te vende o mundo, seus olhos brilham, aí tu se lembras: com que dinheiro comprarei o mundo? sou apenas um operário ganhando um salário mínimo. O tempo é um governo que vende liberdade em troca de votos. O tempo é, inexplicavelmente, uma angustiante jornada rumo ao fim.


 
 
 

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