e...

e não há nada que me impeça de ir. nunca existiu uma trava

de segurança em mim. sempre fui um gatilho, uma arma com

munição para ferir qualquer um que ficasse no caminho da minha liberdade. inclusive, eu mesmo. como deve imaginar: eu não estou bem. “qual a novidade disso?” comentaria um humorista. eu não estou bem. nunca estive. apesar da intensidade parecer irreal ou imprecisa, é o que sinto. apesar do pessimismo que carrego comigo, acredito que nunca serei feliz como desejo. (é. intensidade é necessária. desculpem-me)

sou culpado;

eu sabia que algo assim aconteceria, mas eu teimei. sou um ignorante cercado de pessoas que querem fazer parte do que tenho e, eu, por carência ou mera inocência, deixo. libero a entrada de todos. porém, eu me canso fácil. não suporto pessoas. não suporto relacionamentos. não suporto todas essas hierarquias. não suporto todas essas regras tão desnecessárias. não suporto ver um pilar me dizendo o que vestir. isso é demais pro meu ser coberto de Políticas de Uso. estou assustado. não queria estar assim. queria não sentir medo. não quero ter medo. não quero ter que perder alguém novamente

pra dar valor. mas, há um abismo entre eu e ele. há uma indiferença se tornando pública e, e eu não aguento mais não estar bem. é o tempo todo. o tempo todo criando paranoias e desacreditando verdades

e desenterrando o passado e

revivendo beijos com pessoas que me magoaram e, e, e, e, sei lá. mas, e, e, e, não sei. não sei. deixa pra lá.

vai passar e…