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Marlon.

  • oneprince.
  • 13 de ago. de 2017
  • 1 min de leitura

“estou com muita vontade de te

beijar”

rio e imediatamente enfio

o canudo na boca, bebo um

pouco, brinco.

“adoro beijar homens de

barba”.

não sei se sou eu ou a bebida,

mas continuo rindo, de uma forma

calma, fixa e confortante.

“queria ter barba”, continua, passando as

mãos no rosto e deslumbrando

como seria.

beijamo-nos.

e eu gosto. e eu quero mais.

“você beija bem”.

rio e discordo.

“eu beijo bem”.

ele repara no que acabou de dizer e

como soou de forma arrogante

e pretensiosa.

“não sou eu dizendo, são as estatísticas”.

“tudo bem”, digo. “entendo”.

“não sei se você percebeu, mas quando

duas pessoas

se beijam, uma beija o lábio

inferior e a outra, o superior,

aí, é por isso que algumas

vezes há conflitos, ambos

decidem beijar o mesmo lábio”.

assim que aplicou a sua teoria, notei a

sua veracidade

ao lembrar do meu beijo entre mim e João.

“nunca reparei nisso”, duvido e de forma implícita

argumento contra a

possibilidade daquilo ser

real.

“quer ver?”.


 
 
 

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