ciclo.

faço o meu ritual: coloco músicas para tocar, apago a luz, normalmente, abro um pornô, mas não hoje: preparo a imaginação, a mente revira lembranças sexuais: henrique, joão, pedro, tiago, lucas. fixo no lucas. por quê o lucas? esta pergunta não merece atenção.

fodo ele. gozo. acendo a luz. a música acaba, coloco-a para repetir. coço os olhos. desmancho o cabelo. e penso em coisas, como: por que a masturbação tira o peso das minhas desgraças sentimentais das minhas costas? a música acaba mais uma vez, coloco-a para repetir, coço a nuca, encaro a parede, fito minhas mãos, cheiro-a, devaneio, estralo os dedos, encaro a letra "o" e sorrio ao pensar em escrever isso. rio quando percebo que eu realmente escrevi sobre isso.

sei lá. é mais uma madrugada em que estou mergulhado em sentimentos indecifráveis, lambuzado de porra. cheirando à porra. é um ciclo interminável. e o pior é que segunda já está aí. porra!