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  • oneprince.
  • 8 de dez. de 2017
  • 1 min de leitura

"por aqui dá ao Novo Milênio?". "sim, sim", respondo. "tu segues em frente e vira pra lá", uso as mãos para indicar a direção e noto que, o que eu disse era muito vago e reformulo: "tu viras a esquerda na pizzaria, daí vai dar ao Novo Milênio". "Obrigado". balanço a cabeça positivamente como uma forma de dizer "não há de quê". o carro arranca, para e dá a ré. "está indo para aqueles lados?". "estou", respondo. "quer uma carona?". o "não" nem sequer passa pela minha cabeça. "Ai, obrigado, eu aceito. Estou cansado", digo abrindo a porta e entrando. "Andei demais hoje", justifico o porquê de eu estar entrando em um carro de um desconhecido. "está vindo de onde?". "fui acompanhar um amigo até a casa dele", minto. "amigo, namorado ou peguete?". sorrio. entrego-me. "onde você trabalha?". "não trabalho e tu?". "sou professor", ele responde. "você tem quantos anos?". "tenho vinte e um", digo. "professor de que?". "de cabeleireiro". "legal", olho para ele, olho para a pista.

"tu moras para esses lados?". "não, eu moro no centro, estou indo na casa da minha irmã". balanço a cabeça positivamente. "pode virar ali", aponto com a mão direita. "vais para baixo ou para cima?". "para baixo". "podes me deixar naquela esquina", aponto. "não, eu te levo até a tua casa". "já que tu insistes". "minha casa é ali". "obrigado pela carona". ele concorda. "qual o seu nome?", pergunto. "Antônio e o teu?". "Lucas". abro a porta do carro, agradeço mais uma vez e digo "até mais".


 
 
 

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